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 Você consome sem saber

o que é consumo!

 

Na busca por satisfação e da felicidade através da aquisição encontramos moralmente inserido o consumo na sociedade contemporânea. Nesse sentido conseguimos observar a “ humanificação das coisas “.Essa falsa importância por bens traz a sociedade um vazio imensurável causando consequência de mais e mais consumo na pratica hedonista. Já em uma visão mais moralista observamos que a denuncia sobre a culpa que o consumo causa é de total responsabilidade por tudo de ruim que ocorre na sociedade. Em um contexto mais naturalista o consumo é aproveitado de outras formas, as que atendem as necessidades físicas e psicológicas. Na linguagem popular, o ato de consumir costuma ser ligado com gastos fúteis e compulsões irracionais. É nesse jogo entre desejos e estruturas que as mercadorias e o consumo servem também para ordenar politicamente cada sociedade. Além da busca por prazer, bem-estar, identificação com determinadas imagens e símbolos e o ato de comprar desenfreadamente está totalmente ligado ao desejo pelo reconhecimento social. Os objetos que compramos para casa, as roupas que vestimos, os acessórios que nos enfeitam, mostram a maneira como nos comunicamos com os outros e quais grupos sociais pertencemos. São esses novos consumidores que o autor Canclini quer questionar, analisar e pensar. O autor, Canclini, quer apostar na formação de identidade, a partir do multiculturalismo, que se daria da negociação entre os meios de comunicação e audiência, entre o erudito e o popular, entre a cultura genuinamente nacional a transnacional. A sociedade enfatiza a amostragem de riqueza, e o consumo de bens materiais é formado pela busca de “status” e uma competitividade interpessoal que não se encontra limites proporcionando um gasto muitas vezes além do que se pode ter para obterem falsas necessidades de adquirir o “novo “. Nesses casos podemos observar que o “ser” foi substituído pelo “ter”, logo concluímos que não precisamos necessariamente apenas “ter” mas sim “ parecer

O consumo pode ser comparado como “cercas ou pontes”, pois ao mesmo tempo que ela pode excluir o consumidor ela também pode incluir, classificando o consumidor a partir das escolhas de compras. Sendo assim, o desejo pessoal de sentir-se inserido na sociedade capitalista em que vive, não consegue atingir tal expectativa de satisfação através do ato de consumir. Isso ocorre por diversos motivos, e um deles acontece porque o consumidor não busca exatamente um especifico produto ou serviço, mas sim, uma solução para problemas sociais. Assim ainda que adquirido os bens de diversas categorias, nenhum conseguirá satisfazer totalmente, pois quando adquirido um produto, entretanto, essa satisfação fugaz, termina junto com a “novidade”, pois trata-se de caráter material de bens de consumo. ”. O mundo globalizado em que vivemos fornece ao consumidor milhares de opções de compra. O valor simbólico é a resposta para a reação das pessoas em meio a essas possibilidades de escolhas, afinal, se o preço de um produto ao outro é parecido e possuem equivalentes qualidades, o que vai diferir o produto e interferir na escolha com certeza será a marca fazendo com o que o produto pareça melhor do que o concorrente. A influencia da marca e o marketing são itens de grandes influencias nesse assunto “consumir” um tema abrangente com vários agentes que auxiliam na influencia do consumidor.

A identificação com o perfil padronizado, estabelecido, por modelos e imagens também contribuem na influencia consumista social. Esses moldes prontos, encontra-se à disposição no mercado e atuam como se fossem verdadeira mercadorias. Não podemos confundir o consumo como um comportamento que segue e busca por padrões sociais, pois o ato de consumir não é imposto e sim escolhido livremente pelo telespectador. Podemos entender que isso é um modo de vida.

Para Nestor Garcia Clanclini, O consumo serve para pensar o consumo assume importância politica e de cidadania, no consumo se constrói parte relacionada, integrativa e comunicativa de uma sociedade. O que é visto como “ desperdício “ pelos críticos do consumo é, na verdade, um processo em que os desejos se transformam em demandas e em atos socialmente regulados.

Mas afinal o que Mary Douglas e Baron Isherwood ensinam sobre o consumo no seu livro Os bens como cultura? Logo entendemos que o que nos é ensinado são, sobretudo, que é necessário por o consumo, algo básico na cultura contemporânea, no seu devido lugar. Os argumentos falam que o consumo possui importância tanto ideológica quanto pratica no mundo em que vivemos. E que ele por sua vez, é algo ativo e também constante em nosso cotidiano e nele desempenha um papel central como estruturador de valores que constroem identidades.

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